betfair

<
>

Victor Ramos tem celular apreendido em operação de manipulação, mas treina, e Chapecoense se manifesta

O Ministério Público de Goiás cumpriu um mandado de busca e apreensão contra o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, nesta terça-feira (18). O atleta é um dos alvos da Operação "Penalidade Máxima", que investiga manipulação de resultados no futebol brasileiro.

O atleta de 33 anos foi encontrado em sua casa nesta manhã, em Chapecó, e conduzido para prestar depoimento. Além disso, o defensor teve o celular apreendido para investigação.

Em contato com a betfair, Argel Fucks, técnico da equipe, afirmou que Victor Ramos realizou normalmente as atividades com o restante do grupo na manhã desta terça e se reapresentaria para o treino da tarde.

"O que eu posso dizer é que o Victor Ramos veio treinar de manhã e trabalhou normalmente. Vai treinar de tarde. Trata-se de um assunto pessoal. Vamos esperar para ver o que vai acontecer."

A Chapecoense também se manifestou. Em nota oficial divulgada, a diretoria do clube catarinense se posicionou contra qualquer atividade que manipule resultados, se colocou à disposição para ajudar nas investigações e afirmou confiar na integridade de Victor Ramos.

Veja abaixo:

"A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de reiterar o seu posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos. O clube entende que tais condições são totalmente antidesportivas, ferindo os valores éticos e morais da modalidade. A respeito da “Operação Penalidade Máxima” e do cumprimento do mandado relacionado à ela em Chapecó – envolvendo um jogador do clube – a agremiação alviverde reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta. Por fim, tendo em vista as investigações, o clube destaca o seu compromisso em colaborar totalmente com as autoridades e oferecer todo o suporte e informações necessárias na apuração e esclarecimento do caso."

O que a Operação "Penalidade Máxima" investiga e quem são os outros denunciados

A investigação da Operação "Penalidade Máxima" aponta que grupos criminosos convenciam jogadores, com propostas que iam até R$ 100 mil, a cometerem lances específicos em partidas e causassem o lucro de apostadores em sites do ramo.

Um jogador cooptado, por exemplo, teria a "função" de cometer um pênalti, receber um cartão ou até mesmo colaborar para a construção do resultado da partida - normalmente uma derrota de sua equipe.

As primeiras denúncias ouvidas pela operação surgiram no fim de 2022, quando o volante Romário, então jogador do Vila Nova (GO), aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti contra o Sport, em partida válida pela Série B do Brasileiro.

Na ocasião, o atleta embolsou R$ 10 mil imediatamente e só ganharia o restante caso o plano funcionasse. Romário, porém, sequer foi relacionado para a partida, o que estragou a ideia.

A história chegou até Hugo Jorge Bravo, presidente do time goiano e também policial militar, que buscou provas e as entregou ao Ministério Público do estado. A partir daí, criou-se a operação "Penalidade Máxima" para investigar provas e suspeitas sobre o assunto.

Na primeira denúncia, havia a suspeita de manipulação em três jogos da Série B, mas os últimos acontecimentos levaram os investigadores a crer que o problema era de âmbito nacional e havia acontecido em campeonatos estaduais e também na primeira divisão do Brasileiro.

Além de Romário, outros sete jogadores foram denunciados pelo Ministério Público por participarem do esquema de fabricação de resultados: Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).

betfair Mapa do site