OPortoformalizou nesta segunda-feira (5) no Conselho de Justiça um pedido de anulação da partida contra o Arouca, realizada no último domingo (3), no empate por 1 a 1, pelo Campeonato Português.
Aos 45 minutos do segundo tempo, o Porto perdia por 1 a 0 quando o árbitro de campo Miguel Nogueira assinalou pênalti a favor dos donos da casa. O juiz, no entanto, foi chamado ao VAR para rever o lance. O problema é que houve uma falha no sistema, o que o impediu de analisar o suposto pênalti.
Nogueira então conversou por celular com os árbitros do VAR, explicou a situação aos dois treinadores e decidiu não marcar a penalidade. Mas, o Porto não gostou nada da atitude do juiz. Em nota oficial divulgada nesta segunda, o Porto alegou “má conduta da arbitragem” e pediu a anulação.
Na visão do clube, o fato do árbitro ter anulado uma marcação de pênalti sem sequer ter revisto o lance constitui uma “violação”. De acordo com a Federação Portuguesa de Futebol, o suporte de energia reserva estava esgotado e por isso o VAR ficou fora de ação por 14 minutos.
“Ao analisarem o incidente, os técnicos concluíram que a única tomada elétrica disponível na área de revisão do estádio não tinha corrente elétrica e que ao longo do jogo o sistema de energia de reserva - também conhecido como UPS (Uninterrupted Power Supply) - esgotou-se”, diz um trecho do comunicado.
Porém, o Porto emitiu um novo comunicado logo em seguida com uma série de observações, alegando que não houve nenhuma falha de energia e reitera a posição de que o cabo do VAR “nunca esteve ligado” por conta do erro técnico.
O clube português publicou até mesmo uma foto das instalações do VAR para corroborar o argumento. A Liga Portuguesa solicitou a abertura de um inquérito para averiguação dos fatos.
Leia o comunicado oficial do Porto
Clube pede a anulação da partida por má conduta da equipa de arbitragem
O FC Porto apresentou um protesto aos delegados da Liga tendo em vista a anulação do jogo com o Arouca.
Esta medida tem como fundamento a atuação do árbitro no momento da reversão, na sequência de uma chamada telefónica e sem acesso às imagens do lance, do penálti assinalado pelo árbitro de campo por falta sobre Mehdi Taremi.
A ação de Miguel Nogueira constitui uma violação das regras de jogo e um erro de direito com potencial impacto grave no desfecho do encontro.