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Liverpool e Arsenal se enfrentam neste domingo (9), às 12h30 (de Brasília), pela Premier League, com transmissão ao vivo pela betfair no Star+

Com o Liverpool em 9º lugar na Premier League, com duas vitórias, quatro derrotas e um empate em sete jogos, Trent Alexander-Arnold passou a ser mais exigido no setor defensivo.

Um jogador que muitos já consideraram o melhor lateral-direito do mundo, hoje não tem rendido tanto dentro de campo e tem ficado de fora, inclusive, da seleção inglesa. Mas o que realmente está acontecendo com o atleta dosReds?

A grande diferença entre o time deste ano para o do ano passado é que o atual é muito mais vulnerável sem a bola.

No primeiro ano e meio de Jurgen Klopp no ​​clube, a equipe tinha que ganhar a bola no alto do campo, porque toda vez que precisava acionar o seu terceiro zagueiro, terminava em desastre.

Depois, eles gradualmente se transformaram em um dos melhores times defensivos do mundo, graças às chegadas deFabinho no meio de campo, de Virgil van Dijk na zaga e de Alisson no gol.

Ao longo da ''Era Klopp'', mesmo quando o adversário tinha mais posse de bola, esse time não chegava tanto ao ataque.

Isso indica que no ano passado, o Liverpool evoluiu para um time que sofria no início do jogo para recuperar a bola, mas que depois conseguia cansar o adversário na frente. É um equilíbrio muito difícil de manter, mas que produziu uma das melhores equipes do século XXI.

Nesta temporada, porém, os Reds não estão sendo capazes de repetir tal feito. O time está permitindo que 27% da posse de bola adversária chegue ao terço final. Além disso, a equipe de Klopp está permitindo que os adversários arrisquem chutes ainda mais perigosos.

O Liverpool está sofrendo para manter a bola longe de seu sistema defensivo, mas uma vez que a pressão é quebrada, o adversário não tem muita dificuldade em mover a bola para o espaço aberto para tentar um chute.

Com isso, os Reds estão levando uma média de 1,3 gols por jogo – a pior desde que Klopp chegou ao clube - e que representa um aumento significativo em relação aos 0,7 da temporada passada, que foi a melhor marca sob o comando do treinador.

Enquanto o Liverpool permite apenas 8,4 chutes a cada 90 minutos – quase a média desde que Klopp assumiu – a qualidade média desses chutes é de 0,14 gols, a segunda pior marca da Premier League nesta temporada.

Mas isso tudo é culpa de Alexander-Arnold?

Vamos esclarecer isso primeiro: Trent Alexander-Arnold não é um bom defensor, pelo menos no sentido tradicional. O que pode ser um trunfo para o Arsenal em campo.

Se você levantar uma bola contra ele ou lançar vários atacantes em cima dele, você está aumentando sua probabilidade de levar um gol. Ele é muito bom quando pressiona no alto do campo e tenta recuperar as bolas perdidas, mas frequentemente se perde enquanto alterna entre as rotações de ataque. E ele às vezes demora a reagir aos momentos em que o Liverpool perde a bola e o adversário começa a pressionar.

Isso, é claro, é verdade para a maioria dos laterais ofensivos modernos por duas razões:

1) Os atacantes modernos são realmente bons, e a maioria dos jogadores de ponta hoje em dia são treinados para chutar ao gol, ao invés de apenas cruzar.

2) Os laterais das melhores equipes do mundo passam a maior parte do tempo atacando, ao invés de defender. Se Alexander-Arnold tivesse se desenvolvido de uma maneira que diminuísse sua capacidade de ataque, mas aumentasse seu desempenho defensivo, ele seria muito menos valioso não só para o Liverpool, mas para qualquer um dos outros times de ponta do mundo que ele defendesse.

Se ele fosse um grande defensor, além de ser o atacante que é atualmente, seria o maior jogador de futebol de todos os tempos.

Alexander-Arnold ofensivo ou defensivo?

Nas cinco grandes ligas da Europa, Alexander-Arnold ficou em 4º lugar entre todos os jogadores em assistências. Quando você está recebendo passes de um lateral, é mais valioso do que se estivesse vindo de um meio-campista ou atacante.

Desde a última Copa do Mundo, apenas Kevin De Bruyne registrou mais assistências do que Alexander-Arnold. Ou seja, ele, apesar de estar em branco na atual Premier League, é um perigo constante ao Arsenal pelos seus conhecidos passes precisos.

Sem Sadio Mané, Diogo Jota ou Darwin Núñez para sempre ou durante a maior parte desta temporada, o ataque do Liverpool não tem o poder ofensivo como no passado. E embora eles estejam anotando mais gols por jogo nesta temporada do que na última (2,6 a 2,5), eles estão criando significativamente menos.

Klopp fez alguns ajustes na formação da equipe na vitória por 2 a 0 na Champions League contra o Rangers. Ele jogou com quatro atacantes e apenas dois meio-campistas, optando pela dupla de passes pesados ​​de Thiago e Jordan Henderso, ao invés da estabilidade defensiva de Fabinho.

Dentro dessa configuração, o Alexander-Arnold era mais reservado e frequentemente entrava como terceiro zagueiro durante o jogo. Ele liderou a equipe em passes concluídos no último terço do campo, mas não completou um único na área.

Por seis anos, Klopp pesou os riscos e decidiu que seu lateral-direito seria capaz de ''machucar'' seus oponentes muito mais do que eles poderiam ''machucá-lo''. E por seis anos, ele quase sempre esteve certo.